Quem sou:

Minha foto
Professor de História.Graduado em História,pós-graduado em Gestão Educacional (URCAMP) e Mestre em História pela PUCRS com dissertação intitulada “Movimento Operário em Alegrete: a presença de imigrantes e estrangeiros(1897-1929)”. Co-editor e colaborador da seção História Pampeana do Site Estratégia e Análise.com.br.Membro da Associação Nacional dos Historiadores (ANPUH).Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Alegrete (IHGA).

Jacques Le Goff

"Deve-se agir de maneira que a memória coletiva sirva para a libertação, e não para a servidão dos homens." Jacques Le Goff







domingo, 28 de novembro de 2010

História do Movimento operário de Alegrete no CONGREGA - URCAMP

No dia 24 de novembro, pela manhã, apresentei um artigo comunicando os resultados da dissertação de mestrado "Movimento operário em Alegrete: a presença de imigrantes e estrangeiros (1897 -1929). Abaixo destaco o link que direciona diretamente para o texto na Revista Eletrônica. REVISTA CONGREGA URCAMP (ISSN 1982-2960), 8ª Jornada de Pós-Graduação e Pesquisa.

Encontre o Artigo completo no endereço a seguir:

http://200.17.169.30/congrega2010/revista/artigos/561.pdf

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bate - papo e lançamento do livro: A História na Visão de Anarquistas.


No dia 06 de novembro estive em Porto Alegre, onde fiz o lançamento do livro “A História na Visão de Anarquistas”.

Havia quase 30 pessoas no “bate-papo”, alguns da área de história, outros de antropologia, e a maioria das mais diferentes áreas do conhecimento e ou “autodidatas”. Surgiu a proposta de construirmos um debate permanente sobre a História e o pensamento anarquista (metodologia e teoria de pesquisa).
Foi feita uma analise em alguns textos de alguns anarquistas (Proudhon, Bakunin, Kropotkin e Rudolf Rocker), para tentar compreender como eles pensavam a História enquanto epistemologia. De um modo geral, concluiu-se que eles apontavam para a necessidade de estudar os “fatos” com ênfase no empírico, e a partir de então estabelecer generalidades e comparação com sistemas de pensamento (teorias). Em termos teóricos, na sua maioria eram contra o estabelecimento de Leis em História – porém acreditavam ser possível o estabelecimento de probabilidades; pensavam na possibilidade de condicionantes sociais ao invés de determinantes; que não existia um único fator determinantes (mono causal) , mas que existiam vários condicionantes (múlticausal); que não existe somente continuidades mas também rupturas; que em história não existe somente evolução; e que não existe uma teleologia ou destino manifesto...
O livro esta sendo publicado pela editora Deriva e possui a apresentação feita por Felipe Corrêa e a abertura da discussão por Bruno Lima Rocha.
Em breve este material estará disponível aqui no blog.

Um dos assuntos que gerou uma boa discussão no "bate-papo" foi se é possivel falar em "verdade" em História, discutiu-se a objetividade e a subjetividade em História, foram feitas criticas ao modelo racionalista moderno, também falou-se sobre a construção e desconstrução de Mitos em História.

Agradeço os companheiros e amigos do Espaço Libertário Moinho Negro, da Editora Deriva, da Federação Anarquista Gaúcha e da Federação Anarquista de São Paulo.Agradeço a todos que estiveram presente no "bate-papo"!
Quem quiser fazer parte da discussão sobre História e Anarquismo entre em contato pelo e-mail arpcorrea@hotmail.com
Viva o Socialismo Libertário!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

1ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre.


Nos dias 06 e 07 de novembro acontecerá em Porto Alegre a 1ª Feira do Livro Anarquista. A seguir expõe-se o cartaz de divulgação do evento e o endereço onde você encontrará mais informações.

Estarei lá!!!

http://flapoa.deriva.com.br./

sábado, 22 de maio de 2010

Genealogia Paim no Alegrete (Séc. XIX).

A seguir socializo alguns dados sobre os “Paim” em Alegrete. As informações que estou disponibilizando abrangem boa parte da "origem" dos “Paim” no município. Os dados não são completos e se interrompem no início do século XX. Creio que consegui localizar uma parte significativa dos “Paim” do século XIX em Alegrete (RS). As informações que disponibilizo foram levantadas em sua maioria nos livros de batismo, casamentos e óbitos da igreja Católica em Alegrete (CEPAL). A genealogia dos meus ancestrais do “ramo” Paim foi uma das mais fáceis de fazer. Meu avô era conhecido como “Hortêncio Paim”, na verdade seu nome seria Hortêncio Pereira de Oliveira, mas ele assinava simplesmente Hortêncio Pereira.
Muitas pessoas cumprimentavam-no e o chamavam “parente”, quando eu lhe perguntava quem eram estas pessoas, geralmente eram Paim. Lembro do Breno, que passava em frente a casa de meu avô todos os dias, sempre na mesma hora, e gritava n portão “PARENTE!”

José Bernardo Coelho de Souza casado com Maria Bernardo Laura Benedicta dos Açores, Ilha Terceira, São Bartolomeu. Teve 8 filhos (que se sabe):
1.1- José Paim Coelho de Souza, nasceu após 1770, na Ilha Terceira. Faleceu em 16-04-1829. Primeiro reverendo de Alegrete, tem-se o registro de óbito datado de 24-10-1829 em Alegrete.
1.2 - Francisco Paim Coelho de Souza, nascido 02-03-1780, na Ilha Terceira, casado com Feliciana Maria Leonor, casado dia 21-10-1806, em Gravataí.
1.3 - Veríssimo Paim Coelho de Souza, nascido 31-05-1785, batizado 13-06-1785 na Ilha de São Bartolomeu dos Regatos, Ilha Terceira dos Açores. Casa com Ignácia Antônia Álvares em Gravataí a 18-07-1810 (L.01; F. 244). Falecido 25-10-1833 em Alegrete. Ignácia faleceu à 25-04-1834. Este casal teve os seguintes filhos que se sabe:
1.3.1 Antônio Veríssimo Paim (Nascido em 1813 em Gravataí, Casado com Maria Angélica de Abreu em 26-09-1842; L.02 Casamentos; Falecido 10-06-1873, 60 anos; Sepultado na estância do Pai Passo – Alegrete) ela filha do Cap. Candido José de Abreu e sua esposa Guiomar Angélica Nunes Coelho (filha de Felisberto Nunes Coelho e irmã de Libindo Nunes Coelho, falecida em 04.12.1868, com 60 anos Óbito 2190; L.05; F05.(Candido josé de Abreu era filho de José de Abreu - Barão do Serro Largo):
1.3.1.1 João Alves Paim casado Francisca Antônia de Souza (27-07-1876) Ele 21 anos.:
1.3.1.1.1 Adão Alves Paim (27 anos) C.c Ordalia Guedes da Luz (22 anos) em 31.12.1915. Ela filha de Bonifácio Guedes da Luz e Carlota da Silva Guedes.
1.3.1.1.2 Alcina Alves Pahim (19 anos) C.c Cassiano Pereira da Motta (24 anos). Ele filho de Antônio Pereira da Motta e Senhorinha Sá Motta.
1.3.1.1.3 Maria do Carmo nascida a 20.02.1894.
1.3.1.1.4 Ana Clara nascida em 18.07.1885.
1.3.1.1.5 Alzira Alves Pahim nascida em 01.04.1883.
1.3.1.2 Dinarte Alves Paim, Casado com Etelvina de Souza (24-03-1880) Ele 21anos.Teve:
1.3.1.2.1 Abílio Alves Pahim. (nascido a 06.08.1882) C.c Estela Augusta de Souza,em 25.05.1912. Ela filha de João Julio de Souza e de Josefa Rosa de Souza.
1.3.1.2.2 Armando Alves Pahim C.c Faustina Duarte Amaral em 31.06.1912. Ela filha de Dionísio Duarte do Amaral e Estefania Souza Duarte.
1.3.1.2.3 Alfredo Alves Pahim C.c Zemaria Dornelles de Souza. Pais dela: João Antônio de Souza e Alcina Dornelles de Souza.
1.3.1.2.4 Antônio Veríssimo Pahim.
1.3.1.2.5 Arthur Alves Pahim nascido em 07.10.1896.
1.3.1.3 Vicente Alves Paim C.c Idalina Guimarães:
1.3.1.3.1 Maria Angélica Guimarães Pahim (26 anos) C.c Belarmino Paz da Silva (26 anos) em 05.10.1918.
1.3.1.3.2 Maria da Conceição Alves Pahim nascida em 27.09.1894.
1.3.1.3.3 Edgar Alves Pahim, nascido em 30.06.1896
1.3.1. 4 Thimóteo Alves Paim, casado Emerencia Rodrigues de Almeida; tem:
1.3.1.4.1 Maria nascida a 01.04.1883.
1.3.1.4.2 Joaquim Antônio Pahim nascido em 24.04.1891.
1.3.1.5 Antônio Ulisses Alves Pahim nascido em 27.10.1861 c.c Maria Alves Pahim, ela filha de João Alves de Medeiros e Feliciana Alves da Silva.
1.3.1.5.1 Menino nsc. 01.05.1890
1.3.1.5.2 Universina Alves Pahim (19 anos) C.c Brandino José de Souza (28 anos) em 01.05.1918, ele filho de Frankilin José de Souza e Vicentina de Souza Trindade:
1.3.1.5.2.1 Ulisses Paim de Souza C.c Geni Benites Farias, que teve:
1.3.1.5.3 Arlindo Alves Pahim (32 anos) C.c Ibralima Fisher (32 Anos) em 01.07.1922.
1.3.1.5.4 Abrilina nascida em 09.04.1894.
1.3.1.5.5 Ezaltina nascida em 1892;
1.3.1.5.6 Orendina nascida em 1896.
1.3.1.5.7 João Antônio nascido em 1893.
1.3.1.6 Carolina Alves Paim C.c Antônio Teixeira, natural de Santa Maria, em 29.01.1872 filho de Aurélio Teixeira Cezar e de Fermina Antônia de Moura
1.3.1.7 Ulisses Alves Paim
1.3.1.8 Maria Luiza Alves Paim c.c seu primo irmão Candido Alves Pahim em 27.04.1868 L07; F21v.
1.3.1.8.1 Hortência Alves Pahim batismo em 1872 f.182v. C.c José Teixeira de Oliveira, nascido em 1867, batismo L09; Fl.246; filho de Francisco Teixeira de Oliveira e de Cecília Rodrigues de Freitas:
1.3.1.8.1.1 João Candido Paim de Oliveira (Doca) C.c Antônia Ramona Brites Pereira, ela filha de Severo Alves Pereira e Maria Aniceta Gassen de Brites:
1.3.1.8.1.1.1 Hortêncio Pereira C.c Otilia da Rosa Beccon, ela filha de Sabino José Custódio e de Maria da Rosa Beccon:
1.3.1.8.1.1.1.1 Sônia Terezinha Beccon Pereira C.c Manoel Luiz Santos Corrêa, ele filho de Fulgêncio Corrêa (alegrete) e de Florisbela Barreto dos Santos (Quarai):
1.3.1.8.1.1.1.1.1 Anderson Romário Pereira Corrêa 1.3.1.8.2 Ozório Alves Pahim batismo em 1872, 181v C.c Severina Dias Pinto:
1.3.1.8.2.1 Francisco Goulart Paim nascido 27.02.1906;
1.3.1.8.3 Celanira Pahim nascida em 1876 casada com (46 anos) C.c Manoel Cipriano da Fontoura (67 anos) em 13.01.1922.
1.3.1.8.4 João Candido Alves Pahim (42 anos) C.c Diamantina Leal (37 anos) em 08.04.1918. Pais dela Vasco Batista Leal e Brandina Batista Leal.
1.3.1.9 Cândida Alves Paim
1.3.1.10 Felisbina Márcia Alves Paim C.c Antônio Dias de Freitas Valle (São Paulo) em 04.05.1869 (L07, f38v). Ele filho de Manoel Dias dos Santos e Gertudes de Freitas Valle.
1.3.1.11 Selanira Alves Paim
1.3.1.12 Maria do Carmo Paim c.c Manoel Rodrigues de Almeida em 28.12.1861 L06,F32v, os pais dele Antônio Rodrigues de Almeida e Ana Rodrigues Diniz.
1.3.1.12.1 Marxírio Rodrigues falecido em 1922 junto com Vasco Alves.
1.3.1.13 Anna Alves Paim
1.3.1.14 Anna Alves Paim
1.3.1.15 Honório Pedro Alves Paim C.c Maria Angélica Paim, e tiveram:
1.3.1.15.1 Euclides Veríssimo Paim nascido em 14.07.1901, C.c Luiza Vargas:
1.3.1.15.1.1 Rui Vargas Paim, nascido em 31.12.1939;
1.3.1.15.1.2 Ciro Vargas Paim, nascido em 09.10.1938, C.c Neide Pereira Paim:
1.3.1.15.1.2.1 Luiz Fernando Pereira Paim, nascido em 17.04.1962.
1.3.1.15.1.3 Euclides Vargas Paim, nascido em 27.10.1941
1.3.1.16 Carolina Alves Paim
1.3.1.17 Celanira Alves Paim.
1.3.1.18 Ubaldino Alves Pahim c.c Candelária Baltar :
1.3.1.18.1 Senhoria Baltar Paihim C.c Evaristo de Souza Nunes em 18.12.1912.
1.3.1.18.2 João Baltar Pahim C.c Noemia Braga:
1.3.1.18.2.1 Paulo Braga Paim, nascido em 08.10.1921:
1.3.1.18. 3 Sylla Baltar Pahim;
1.3.1.18.4 Homero Baltar Pahim;
1.3.1.18.5 Romário Baltar Pahim C.c Hilda Abreu:
1.3.1.18.5.1 Therezinha Abreu Pahim , nascida em 09.08.1930
1.3.1.18.6 Maria Balthar Pahim;
1.3.1.18.7 Antonieta Balthar Pahim;
1.3.1.18.8 Lourdes Balthar Pahim C.c Ory Castro Alves.
1.3.2 Maria Bernardina Paim;
1.3.3 Cypriano José Paim;
1.3.4 Veríssimo José Paim (Nascido em 1818; Casado com Rita Ribeiro da Silva. Falecido em 02-11-1858, com 40 anos; L.03; F.02.V Alegrete):
1.3.4.1 José, Nasc. 17-09-1848; Bat 17-05-1851, com 02 anos (L.04; F. 142 V);
1.3.4.2 Cândida; Nasc. 14-01-1851; Bat. 17-05-1851(L.04. F.143);
1.3.5 José Alves Paim (Nasc.11-02-1821 e Bat. 04-03-1821; L.04, F. 270;em Gravataí; Casado com Rufina Ribeiro da Silva em 07-05-1845 em Alegrete.
1.3.5.1 Candido Alves Paim, nasc.02-04-1846, bat. 12-06-1846 – Alegrete, L.03,F.106 ; casado com sua prima irmã Maria Luiza Alves Pahim em 27.04.1868tiveram que se sabe:
1.3.5.1.1 Hortência Alves Pahim c.c José Teixeira de Oliveira. Ele filho de Francisco Teixeira de Oliveira e Cecília Rodrigues de Freitas (Filha de Delfino Rodrigues de Freitas).(Como ja foi demonstrado, são ancestrais de Anderson Romário Pereira Corrêa)
1.3.5.1.2 Ozorio Alves Pahim nascido em 19.07.1870
1.3.5.2 Rufino Alves Paim, Nasc.02-04-1848; Bat. 17-05-1851; L.04; F. 143 ;
1.3.5.3 Hortêncio Alves Paim; Nasc. 25-12-1849;(L.04, F.143, Bat. Alegrete) C.c Zelinda Castanho:
1.3.5.3.1 Ercília Castanho Pahim C.c Napoleão Adão de Freitas em 30.06.1912. Ele filho de Manoel Jacinto de Freitas e de Adelaide Maria Perdomo.
1.3.5.4 Vasco Alves Paim, nasc. 26-03-1852 (Bat. L.04, F.188; Alegrete); C.c Perciliana de Souza,Teve:
1.3.5.4.1 Amazile Pahim.
1.3.5.5. Maria Alves Paim, nasc. 23-06-1859;
1.3.5.6 Maria Cândida Alves Paim, nasc.29-04-1865 (L.07; F. 22); c/c Licineu Francisco de Paula;
1.3.5.7 Ninfa Alves Paim, nasc. 23-01-1868, casada com Belarmino Dornelles de Souza;
1.3.5.8 Paulino Alves Paim, nasc. 11-09-1871, falecido em 04-02-1942, (Bat. L.10, Alegrete); c/c Maria Senhorinha Rodrigues de Freitas, no dia 03-05-1892.
1.3.6 Felisbino Alves Paim C.c Maria Antônia Rodrigues, em 12.08.1850 (l03.f80), ele de Viamão, filho de Veríssimo José Paim e de Ignácia Antônia Alves. Ela de Encruzilhada.
1.3.7 Angelina Alves Paim c.c José Candido de Abreu, ele filho do Cap. Candido José de Abreu; ela nascida em Alegrete, batizada em 11.08.1825; livro 01; folhas 94.:
1.3.7.1 Felipe Alves Abreu;
1.3.7.2 Rita Alves de Abreu;
1.3.7.3 Vasco Alves Abreu c.c Francisca Maciel de Abreu:
1.3.7.3.1 Maria (23.08.1882)
1.3.7.3.2 Pedro (26.11.1883)
1.3.7.4 José Alves de Abreu c.c Ondina Paz de Abreu:
1.3.7.4.1 Artidor Paz de Abreu nascido em 1910; c.c Izabel Neimayer:
1.3.7.4.1.1 Antônio Carlos Neimayer de Abreu nascido em 17.7.1946.
1.3.8 Mariana Alves Paim;
1.3.9 Ninfa Alves Paim, segundo registro de casamento de 11.7.1849, Livro03, f68 aparece Nynpha Alves Paim C.c Antônio José da Costa, ele da Bahia e ela de Alegrete. Ela filha de José Paim Coelho de Souza e Ignácia Antônia Alves.
1.3.10 Angélica Alves Paim, nasc. 03-07-1825, bat. 11-08-1825 – Alegrete, L.01. F.94.
1.4 Maria Paim Coelho de Souza, nascida 28-02-1788, na Ilha Terceira.
1.5 Marianna Paim Coelho de Souza, nascida 02-05-1789, na Ilha Terceira.
1.6 Alexandre Paim Coelho de Souza, nascido 22-02-1791, na Ilha Terceira.
1.7 Joaquim Paim Coelho de Souza, nascido 12-12-1791, na Ilha Terceira, casado com Rosa Theodora do Carmo, em Laguna, 28-09-1802. Ele faleceu 01-06-1852, em Gravataí,e ela 07-04-1854, em Gravataí.
1.8 João Paim Coelho de Souza, nascido 28-06-1793, na Ilha Terceira.

Sempre que tenho tempo acrescento mais nomes à genealogia. Se alguém quiser contribuir pode entrar em contato.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

1º DE MAIO: dia Internacional dos trabalhadores.



Ilustração dos quatro operarios mortos pelos patrões e governos. Origem do 1º de Maio.

O 1º de maio, dia internacional dos trabalhadores, é data de maior significado político na cultura e identidade de classe. Este texto tem a intenção de conhecer a origem do 1º de maio e seu significado na formação do movimento operário internacional.
Michelle Perrot escreve que a “invenção do 1º de maio” está relacionada a dois fatores que, dependendo da corrente ideológica, destaca-se um ou o outro. Os operários do final do século XIX preocupavam-se em estabelecer uma data como marco fundamental de unificação internacional da luta dos trabalhadores. Esta preocupação era compartilhada por trabalhadores dos Estados Unidos, por franceses e de outros paises. Os debates apontavam a importância de serem aproveitados elementos da cultura popular para a escolha desta data. Vários fatores apontavam para a escolha de um dia que culminasse com a Primavera. Já existia uma tendência cultural em comemorarem-se o 1º de maio como dia do renascimento (festejavam-se as boas colheitas, etc.).(PERROT,1988, p.130)
Nos Estados Unidos, o 1º de maio é inaugurado em 1886, pelos “Cavalheiros do Trabalho”, e já tinha suas vítimas: a violência dos confrontos com a polícia, naquele dia, resulta em nove mortos em Milwoukee e seis em Chicago. O processo dos “oito mártires de Chicago”, entre os quais, quatro são enforcados, em 11 de novembro de 1887, tem uma repercussão real, visível nos jornais e no imaginário popular. (grifo meu) (Idem.)
A II Internacional, em Congresso em Paris, no dia 20 de julho de 1889, discute a proposta da escolha e uma data fixa para um dia de protesto internacional, para reivindicar as 8 horas de trabalho. Leva-se em consideração que havia sido decidida uma manifestação para o 1º de maio de 1890, pela American Federation of Labour, em seu Congresso de 1888. (grifo meu) (Idem.)
De acordo com a revista “Solidariedad”, uma série de protestos tem inicio no dia 1º de Maio de 1886, na cidade de Chicago nos Estados Unidos. Estes protestos culminam com a prisão e condenação à morte dos operários organizadores das manifestações que reivindicavam oito horas de trabalho diário. Os oito trabalhadores chamavam-se: Spies, Flelden, Neebe, Fisher, Schwab, Lingg, Egel, Parsons, dos quais quatro morreram na forca. Os trabalhadores do mundo inteiro decidiram que 1º de maio seria um marco na luta por melhores condições de trabalho e de luto pela morte dos “mártires de Chicago”. (REVISTA SOLIDARIEDAD, 1988, p.08)
Eric Hobsbawn escreve que, além da reivindicação das 8 horas de trabalho, em cada país, em cada localidade, acrescentavam-se pautas específicas aos protestos. O “ritual” consistia em um dia de “Greve geral” internacional, com simbologias, bandeiras, conferências etc. Porém, segundo Hobsbawm, “o desfile público dos trabalhadores como uma classe consistia o núcleo do ritual.”(HOBSBAWN, 1997, p.293)
Segundo Silvia Petersen, em 1891, aparecem as primeiras notícias do 1º de maio no Brasil. Em 1893, evidenciam-se algumas manifestações em cidades do Rio Grande do Sul. (PETERSEN, 1991, p.30-52) Apresentam-se alguns exemplos de comemorações do 1º de maio, para estabelecer algumas comparações, assumindo os riscos das generalizações. Ao tratar da comemoração do 1º de maio de 1905, em Porto Alegre, Petersen descreve que no evento ocorre utilização de banda de música, bandeiras desfraldadas, festa campestre, conferências, baile, ato político deliberativo. (PETERSEN, 2001, p.163) Edgar Rodrigues publica o texto: “O 1º de maio na História do proletariado paulista”, texto este encontrado pelo autor no jornal A plebe, 1º de maio de 1918. Segundo o texto, a primeira comemoração de destaque do 1º de maio em São Paulo ocorre em 1898. Ocorre passeata pelas ruas do centro da cidade com bandeiras vermelho e pretas dos anarquistas e banda de música. No ano seguinte, a comemoração é feita com comícios e passeatas. O mesmo ocorrendo em 1901. Nos anos de 1902 e 1903, não há paralisação do trabalho, mas há conferências e comícios. Em 1904, diz o texto, é melhor o nível das manifestações operárias. Em 1905, pelo dia, há comícios e à noite um baile. Em 1906, são feitos comícios em praça pública e em salões. Em 1908, é promovido um comício e à noite um festival com a representação de peças de caráter social. Destaca-se no texto reproduzido por Edgar Rodrigues que: “No ano de 1911 é que foi legalizada a data de 1º de Maio, passando a figurar na folhinha como feriado nacional.” Faltam exemplos nos quais as comemorações degeneravam em conflitos com as forças repressivas dos patrões e do governo. Em 1906, um congresso já alertava que o 1º de maio era um dia de luta e de luto, não de festas. Seria um dia em que os trabalhadores internacionalmente lembrariam aqueles operários que morreram lutando pelos direitos adquiridos e pelos que ainda faltavam adquirir. (RODRIGUES, 1992,p.61)
Silvia Petersen faz um estudo sobre o 1º de maio, que, segundo ela, possui algumas características:
- De 1891 a 1894, acontece uma transição nas comemorações do 1º de maio no Brasil, em uma fase na qual o movimento operário e o 1º de maio eram liderados por intelectuais, profissionais liberais e, até mesmo, militares e, predominantemente, composto de brasileiros, para um momento em que predominavam estrangeiros e com vinculação mais orgânica com os operários, por sua própria condição social ou por atuarem como “intelectuais da classe”;
- As transformações ideológicas que ocorrem nas comemorações do 1º de maio vão de um socialismo heterogêneo a um anarquismo também heterogêneo;
- da presença significativa do intelectual, passa a presença marcante do imigrante;
- Desenvolve-se o xenofobismo da classe dominante contra os operários imigrantes;
- mudanças na comemoração, passando de uma atividade festiva para atividades de protesto;
- passam a acontecer prisão e deportação de militantes. (PETERSEN,1981, p.51)
No final do século XIX e inicio do Século XX existiam duas correntes que disputavam o significado e a simbologia do 1º de maio. Enquanto o dia era hegemonizado pela Social-Democracia, com seu centro irradiador nos Partidos Social-Democratas europeus e ligados a II Internacional (alemão, italiano, Frances, português e espanhol) as atividades do primeiro de maio eram festivas. Quando passou a hegemonia dos anarquistas, a partir do inicio do século XX, suas referencias eram os protestos de Chicago e o assassinato dos operários em luta pelas oito horas de trabalho. O dia deixou de ser Festivo e passou a ser de protestos e greves. Um dos aspectos mais interessantes é que no hemisfério norte, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, o 1º de maio é uma data característica do inicio da Primavera (ver Perrot). Para certas culturas, a Primavera é a data do renascimento, ressurreição. O 1º de maio em sua origem possui este caráter místico e messiânico de certas culturas. Depois da morte dos trabalhadores em Chicago, o 1º de maio faz lembrar aquela frase que diz: “Por mais rosas que os poderosos matem nunca conseguirão deter a primavera!”


BIBLIOGRAFIA:
Este texto é uma adaptação de parte da dissertação: O Movimento operario em ALegrete: a presença de imigrantes e estrangeiros (1897-1929), de Anderson R. Pereira Corrêa.
HOBSBAWM, Eric. A produção em massa das tradições; Europa, 1879 a 1914. In: a Invenção das Tradições. Organização de Eric Hobsbawm e Terence Ranger. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
PERROT, Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
PETERSEN, Silvia Regina Ferraz. Origens do 1º de maio no Brasil. Textos para Discussão/1. Porto Alegre. Ed. Universidade, 1981.
PETERSEN, Silvia Regina Ferraz. “Que a União operária Seja Nossa pátria!” História das Lutas dos operários gaúchos para construir suas organizações. Porto Alegre; Editora Universidade; 2001.
REVISTA SOLIDARIEDAD. 1º de mayo de lucha. p.08; Año 02; Nº 04; Mayo 1988. (R.O.Uruguay).
RODRIGUES, Edgar. A nova Aurora Libertária (1945-1948). Rio de Janeiro. Achiamé, 1992.
Imagem:http://www.wilsonsalmanac.com/images2/nov11_haymarket_exec_sm.jpg

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lançamento do livro "Escrita da História..."


O professor Anderson Romário Pereira Corrêa faz o lançamento do livro Escrita da História: “O Município de Alegrete” (1908 – 2008) durante as programações da XI Semana Municipal da Câmara de Vereadores de Alegrete. O evento acontecerá no Dia da Cultura Alegretense, Quarta-feira, 28 de abril de 2010, às 20 horas (8 da noite).

O livro é uma analise historiográfica de uma obra escrita em 1908 por Luiz Araujo Filho, intitulada “O Município de Alegrete”. Anderson Corrêa escreve sobre o autor, o contexto da época em que a obra foi escrita, as razões do autor e seus objetivos ao escrever sobre a história local, analisa a metodologia, o referencial teórico utilizado por Araujo Filho e por fim, constrói outra história a partir das fotos da cidade publicadas em 1908. Ao tratar da história cultural de Alegrete, faz a história de um livro de história.
Encomendas do livro pelo e-mail arpcorrea@bol.com.br no valor de R$20,00, excluindo os custos da postagem quando necessário.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Foi fundado o Instituto Histórico e Geografico de Alegrete - IHGA.


Na tarde do dia 22 de fevereiro de 2010, na URCAMP/Alegrete, foi fundado o Instituto Histórico e Geográfico de Alegrete. Os presentes à “Assembléia de Fundação” compõem o quadro dos “Membros Efetivos” fundadores, também foi aprovado como Membro Honorário o historiador Moacyr Flores (membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul). Moacyr Flores contribuiu com orientações relacionadas aos procedimentos e aspectos administrativos da nova instituição cultural de Alegrete. O IHGA é uma instituição cultural sem fins lucrativos que tem como objetivo: a) constituir uma biblioteca ampla, variada e atualizada em Ciências Humanas e Sociais; b) Constituir um fundo documental de importância significativa a nível local, regional e nacional; c) Publicar anualmente a Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Alegrete, com a produção de seus membros e eventuais colaboradores; d) Prestar auxilio em pesquisas e em aspectos didáticos pedagógicos à iniciativa privada e órgãos públicos.

A primeira diretoria eleita em “Assembléia de Fundação” foi:
- Presidente: Edson Romário Monteiro Paniagua (Doutorando em História)
- Vice Presidente: Anderson Romário Pereira Corrêa (Mestre em História)
- Primeiro Secretario: Bolívar Schlottfeldt Marini (Graduando em História)
- Segundo Secretario: Milena de Souza da Silva (graduada e especialista em letras, mestranda em História)
- Primeiro Tesoureiro: Gilmar de Lima Martins (Graduado em Economia)
- Segundo Tesoureiro: Elena Noetzold Silva Brandolt (Graduada em Estudos Sociais)
- Coordenador de Patrimônio: Regina de Oliveira Simch (Graduada e Especialista em História, mestranda)
Conselho Fiscal:
Titulares:
- Eric Gediel Vargas (Graduando em História)
- Marcos Anderson Generoso da Silva (Graduado em História)
- Mary Rosane Tolfo Migotto (Graduada em Geografia e mestranda em educação)

Suplentes:
- José Ernesto Alves Grisa (Mestre em Sociologia)
- Homero Corrêa Pires Dornelles (Graduado em História)
- Rosane Durlo Grisa (Graduada em Letras)

No mesmo dia da fundação foi enviado e-mail para Moacyr Flores noticiando o acontecimento. Moacyr Flores respondeu e-mail, e entre outras coisas disse: “(...) Longa vida e muita atividade!Agradeço sensibilizado em ser membro honorário do IHGA, (...). Mais uma fez, meus cumprimentos pela fundação dessa instituição cultural. Abraços do Membro Honorário Moacyr Flores.”

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Genealogia "CORRÊA"

Lembro de minha infância e do costume de sentar em baixo de uma videira com meu avõ materno Hortêncio Pereira, à rua Bento Manoel em Alegrete. Muitas pessoas passavam na calçada e cumprimentavam meu avô. Para minha surpresa e espanto muitos eram seus “Parentes”. O conhecimento da história familiar que possuía meu avô materno deixou-me a curiosidade em pesquisar a genealogia. Minha ida aos arquivos se deu em primeiro lugar pelo desconhecimento da “família” de me avô paterno. Minhas buscas foram de certa forma bem sucedidas. Apresento abaixo um resumo da minha genealogia do ramo “Corrêa”.

1. Pedro Corrêa e Guiomar da Silva (nt. Portugal) são pais de Pedro Correa da Silva (nt. Portugal) ou Antônio Corrêa da Silva. Isto porque na obra de Luiz Gonzaga da Silva Leme, ora ele se refere a Pedro, ora ele se refere a Antônio Corrêa da Silva. Podemos notar que a maioria das referências são a Antônio. Pedro Corrêa e Guiomar da Silva chegam ao Brasil na época de Martin Afonso de Souza, aproximadamente no ano de 1547, logo no inicio da fundação de São Vicente (SP). Este casal tem vários filhos, entre eles um Antônio Corrêa da Silva.

2. Antônio Corrêa da Silva e Inês Dias de Alvarenga são pais do Capitão Manoel de Chaves da Silva, irmão de outro Antônio Corrêa da Silva. Faleceu Inês Dias em 1642 em Santana da Parnaíba, tiveram 8 filhos, entre eles:

3. Capitão Manoel de Chaves da Silva foi C.c Maria Madalena Bicudo. Este casal teve entre seus filhos:

4. Luzia de Chaves da Silva, falecida em 1744 em Itu, foi C.c Antônio Corrêa Ribeiro. Abaixo, uma de suas filhas:

5. Maria de Chaves, nascida no final do seculo XVII e ou a partir de 1700, casada com Francisco Cubas Ribeiro, são pais de :

6. Antônio Corrêa da Silva casado em 1749 em Curitiba com Maria Domingues Cortez. O casal possuiu diversos filhos. Foi casado também com Maria Dias Domingues, com quem teve entre outros:

7. Desidério Corrêa da Silva, natural da Vila de Curitiba (nascido na metade do século XVIII, a partir de 1750), casado primeiro com Ana Maria de Castilhos ou Ana Batista de Castilhos ( 1ª esposa), Filha de Manoel Batista de Castilhos e de Ana Rodrigues de Siqueira, ambos naturais de Curitiba, bispado de São Paulo. Ana Batista de Castilhos era irmã de João Batista de Castilhos sesmeiro no rio Quarai, e que em suas terras foi construída a cidade de Quaraí (RS). Desidério teve uma segunda esposa com o nome de Manoela Maria da Silva (nt. São Francisco de Paula). Da segunda esposa:

8. Elautério Corrêa da Silva (Nascido em Canguçu por volta de 1806)) casado primeiro com Brigídia Maria da Silva, e depois com Manoela Maria Gomes de Oliveira, esta última da Vila de Mercedez, Estado Oriental (ROU). Tiveram vários filhos, entre eles:

9. Floriano Corrêa da Silva, nasc. Alegrete, 15.02.1834; C.c Raquel Pereira; filha de Martina dos Santos. Casamento de Floriano e Raquel em 01.08.1879 (L09; f61v) tiveram vários filhos, entre eles:

10. Raimunda Corrêa nascida em. Alegrete em 1870 e falecida em 16.3.1923 com 53 anos. Raimunda teve três “companheiros” com os quais teve vários filhos. Primeiro com Torquato Luiz da Motta, segundo com um que possuia sobrenome “Brasil”, e em terceiro com Pedro Fernandes (Uruguaio). Com Torquato Luiz da Motta ela teve que se sabe Jovita e Fulgêncio:

11. Fulgêncio Corrêa, não registrado por Torquato Luiz da Motta. Fulgêncio nasceu 01.01.1898 em Alegrete, falecido em 1986, com 88 anos. Teve filhos primeiro com Elvira Munhoz e depois com Florisbela Barreto dos Santos (nt. de Quarai, 1906). Fulgêncio e Florisbela foram casados e tiveram vários filhos, entre eles:

12. Manoel Luiz Santos Corrêa, nascido em Quarai e registrado em Alegrete à 02.9.1946; C.c Sônia Terezinha Beccon Pereira. Ela filha de Hortêncio Pereira e Otilia da Rosa Beccon (Custódio). Manoel e Sônia tem três filho: Gleidson Amaro Pereira Corrêa, Anderson Romário Pereira Corrêa e Greice Cristina Pereira Corrêa. Abaixo apresento o registro de meu nascimento e casamento:

13. Anderson Romário Pereira Corrêa nascido em Alegrete à 15.5.1975, C.c Milena de Souza da Silva. Ela nascida à 31.7.1983 em Artigas - República Oriental do Uruguai. É filha de Milton Farias de Souza (brasileiro) e de Delvair Lopes da Silva (Uruguaia).